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Wednesday, March 21, 2007

RADIAÇÕES 1997

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O CERCO DAS RI

Lisboa, 24/11/ 1997 - A protecção contra radiações ionizantes não é um assunto académico e muito menos um assunto adiável.
As radiações vieram para ficar (algumas ficam mesmo milhares de anos...). As radiações estão connosco, cercam-nos, bombardeiam-nos (em sentido literal), agem sobre o núcleo das nossas células, mudam a sua actividade eléctrica (alterando iões), os isótopos alojam-se nos centros endócrinos da sua predilecção.
Uma nova patologia, contemporânea do incremento das radiações ionizantes, está ainda por estudar, por conhecer e até por reconhecer. Muitas das doenças hoje dominantes podem ser causadas por radiações, sem que jamais alguém tenha suspeitado ou querido suspeitar disso.
Se formos ao dentista, é certo e sabido que não nos livramos de mais uma dosezinha de radiações, os raios X da radiografia.
Nunca se sabe, além disso - além da rotina radioactiva - quando as radiações ionizantes nos começam a chover em cima, vindas de algures trazidas pelos ventos benéficos...
Convém estar prevenido (?), se é que é possível prevenir um ataque de radiações, seja porque Chernobyl se repete e reactiva (de vez em quando aparecem notícias pouco tranquilizadoras), seja porque a central espanhola de Almaraz terá finalmente o seu acidente máximo (já tantas vezes ensaiado), seja porque, por via dos ventos internacionais, nunca se sabe quando chegam ao pé de nós emanações dos rebentamentos de bombas termonucleares subterrâneas que a França faz em Muroroa, a ex- URSS faz no Palatinsk, os EUA fazem no deserto do Nevada e a China, ao que parece, faz no Lopnor (?).
Aliás, todos os dias estamos submetidos a um verdadeiro bombardeamento de radiações ionizantes. Sem falar das naturais, que ainda assim a fisiologia humana tolera, temos como fontes de radiação ionizante, mais ou menos ao pé de nós, nada mais nada menos do que (de A a Z):
- Alimentos irradiados
- Aparelhos de Raios X nos consultórios médicos e dentários
- Aparelhos de radiodifusão (microondas)
- Aparelhos de TV ( microondas)
- Cobertores de cama eléctricos (radiação electromagnética - RE)
- Contentores c/ resíduos radioactivos (por terra, mar e ar)
- Écrãs catódicos de televisores e monitores
- Equipamentos de medicina nuclear
- Escapes radioactivos de testes nucleares subterrâneos
- Exames e tratamentos radiológicos
- Explosões atómicas
- Estações de rádio ( radiação electromagnética - RE)
- Fissão nuclear nos reactores (efluentes e resíduos)
- Fontes de água termal
- Fornos eléctricos (microondas )
- Frigoríficos
- Indústrias metalomecânicas e de soldadura
- Inspecção de raios X nos aeroportos
- Instalações de raios X
- Minas de urânio
- Navios de propulsão nuclear
- Oficinas de separação isotópica
- Lâmpadas fluorescentes
- Números luminosos em mostradores de relógios ( rádio mais sulfureto de zinco)
- Precipitações radioactivas de testes nucleares na atmosfera
- Preparação de combustíveis radioactivos
- Radares (microondas)
- Radiografia industrial: refinarias, centrais térmicas, etc.
- Radioscopia nos hospitais
- Radiofotografia
- Reactores nucleares em funcionamento
- Resíduos da fissão nuclear
- Satélites espaciais
- Submarinos nucleares
- Telefones celulares
- Etc

Este cerco justifica que o próximo número da «Beija-Flor» publique um dossiê de aproximação às radiações ionizantes e eventual ou possível profilaxia que poderá ser feita em relação aos isótopos que já temos e aos que nos querem acrescentar: estão neste caso os alimentos, que há muito já devemos estar a comer largamente irradiados sem que ninguém nos tenha dito nada.
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